quarta-feira, 22 de julho de 2009

Servo de Deus Ir. Marcel Van, Missionário Redentorista


Nasceu Ngam Giao, Vietnã, a 15 de março de 1928, em uma família profundamente cristã, descendente dos primeiros mártires cristãos vietnamitas. Foi batizado com o nome da Joaquim. A partir dos três anos, mora alguns anos com uma tia e só retorna à sua casa aos seis anos de idade. Em sua primeira comunhão pede a Jesus duas graças: a pureza para amá-lo de todo o coração e um fé sólida e perfeita. Sua mão confiará sua educação ao Pe. Joseph Nhá, pároco de Huu-Bang, onde Van iniciará sua formação religiosa para realizar sua vocação. Por causa de sua grande dedicação, receberá o carinho e atenção do Pe. Nhá, e consequentemente a inveja e perseguição por parte dos catequistas da escola paroquial. Neste período, Van sofrerá muito por causa dos constantes maus tratos que será submetido por parte dos catequistas. Ficará em Huu-Bang de 1935 a 1941. Em dezembro de 1941, Van é aceito no seminário de Lang-Song, dirigido pelos dominicanos. Neste período conhecerá o livro História de uma Alma, de Santa Teresinha do Menino Jesus, que será sua irmãzinha espiritual e o formará na espiritualidade da pequena via (infância espiritual). Aí, também, compreendeu que sua vocação não era ser padre, mas sim um Apóstolo Oculto do Amor. Tem então um belo sonho com Santo Afonso Maria de Ligório, que o convidará para a Congregação. Em junho de 1944, ele é admito no convento redentorista de Hanói. Aí recebe o nome de Marcelo (Marcel). E por ordem de seus superiores, escreverá seus diálogos íntimos com Jesus. Após a divisão do Vietnã, em julho de 1954, Marcel Van decidirá permanecer no Vietnã do Norte, comunista, para garantir a presença cristã. É preso pelos comunistas em 7 de maio de 1955, sendo levado em seguida ao campo de concentração Mo Chen e depois Yen Binh. Aí sofrerá terrivelmente até ser considerado como um prisioneiro sem recuperação. No entanto, Van exercerá um verdadeiro apostolado do Amor ao confortar, socorrer e ajudar os demais prisioneiros. Morre a 10 de julho de 1959, consumido pelos maus tratos, mas principalmente pelo Amor. O processo de sua beatificação foi aberto em 26 de março de 1997 na diocese de Belley-Ars.
-- Na fraternura de Jesus,
Ir. Marcos Vinícius, C.Ss.R.

Marcel Van, Apóstolo do Amor


“Deus é amor” (1 Jo 13,1). Esta confissão de fé cristã sempre esteve presente na vida dos discípulos missionários de Jesus, desde a Igreja primitiva até os nossos dias. A fé em Deus-Amor possibilitou que a Igreja reconhecesse Deus como Trindade, e mais ainda, se compreendesse como participante do mistério de amor do Pai pelo Filho no Espírito Santo. Pelo Deus-Amor, os apóstolos e primeiros discípulos não temeram percorrer o mundo anunciando o nome de Jesus; homens e mulheres não hesitaram em sofrer e derramar o sangue, viver na solidão e no deserto, na contemplação e na oração, na pobreza e itinerância; mas, com solicitude se dedicaram ao apostolado, às obras de misericórdia, à educação, às missões e ao testemunho claro e evidente do amor.
O pequeno Ir. Marcel Van, missionário redentorista do Vietnã, é um exemplo interessante e intrigante de vida cristã. Sua vida e sua morte, no campo de re-educação comunista, testemunham a força transformadora do amor da Trindade que preenche a vida humana de sentido e a eleva à participar da vida divina. O próprio Marcel Van fala se sua vocação: “Compreendi que Deus é Amor e que o Amor vive de todas as formas de amar. Posso, pois, santificar-me através das pequenas ações: um sorriso, uma palavra ou um olhar desde que tudo seja feito por Amor. Que felicidade! Já não receio tornar-me santo. Encontrei, por fim, o meu caminho de santidade”. E já no fim de sua vida disse: “Sou a vítima do Amor e o Amor é toda a minha felicidade... É bem necessário que me dê aos outros… Deus fez-me saber que cumpro a sua vontade”.
Na vida e missão do Ir. Marcel Van resplandeceu a força do amor trinitário que impulsiona o coração humano para a liberdade, para o serviço, para a doação, para amar. Van compreendeu que era amado por Deus, e porque amado, quis amar também. Mas, quis amar na mesma proporção que era amado: a cruz. Após se doar em pequenos gestos sinceros de amor aos irmãos e irmãs, doou a própria vida por amor a Deus na prisão, servindo e consolando quem ali estava junto com ele. Como Jesus, Van “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Marcel Van recorda que o amor é a plenitude da vida em Cristo. Por isso, deixemos que se faça prece em nosso coração suas próprias palavras dirigidas a Jesus: “Abraço com alegria a pesada cruz, que me deixaste por amor. Gozando o favor de ser teu amigo, suspiro por uma morte como a tua, a fim de poder dizer-te: nós amamos um ao outro, e nós morremos um pelo outro”.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Breve biografia de Marcel Van



Traduzido do Francês por Ítalo Alessandro
Fonte: Wikipédia Francesa






Infância (1928 - 1935)
Marcel Van nasceu em 15 de março de 1928 na cidade de Ngam Gião, no Vietnam, em família profundamente cristã. Ele foi batizado no dia seguinte, sob a intercessão de São Joaquim. Durante sua infância foi uma criança alegre e brincalhona. Na idade de 3 anos, tinha o desejo de se tornar um santo. Nasceu em 1932 a sua irmã Anne-Marie. Em seguida enviaram Van para ficar com sua tia, porque ele tem ciúme demasiado da nova irmãzinha. Ele volta ao convívio de seus pais quando completa 6 anos de idade.
Manifesta o desejo de fazer sua primeira comunhão, o padre enviou de presente um catecismo. Van, bem instruído por sua mãe, fez sua primeira comunhão 6 meses mais tarde, apesar da sua tenra idade.
Este Bendito dia, ele pediu a Jesus duas Graças: 1°. Para manter o seu coração puro, afim de amá-lo com todo o coração.2°. Dar a todos os homens uma forte e perfeita fé.
Pouco depois, começa Marcel a freqüentar a escola, mas deve parar depois de dois meses, por causa do esgotamento devido à grande rigidez do professor.


Para se tornar padre (1935 - 1941)
Sua mãe levou Van até o Padre José, a fim de que ele já pudesse começar a se preparar para a sua vocação de sacerdote. Devido seu grande fervor, Van pode se comungar todos os dias, já permissão dada pelo Padre de Ngam Gião. Isto despertou uma admiração de seus amigos, mas provoca no catequistas grande ciúmes. Um deles, o Capitão Vinh, torna vida de pequeno Marcel Van profundamente difícil. Ele tenta por duas vezes violentar com um bastão, tenta impedir sua comunhão, privado-lo de se alimentar e até mesmo coloca obstáculos no seu recitar o Rosário. Van bravamente resiste, buscando forças na inabalável fé que tem na Virgem Maria. "Com isso, ele escreve, o diabo nunca foi capaz de derrotar-me." Finalmente, Vinh é expulso do curso com alguns outros catequistas, que deixa uma breve paz para Van. Em 1938, uma trágica inundação causa vasta fome na região. Van é forçado a fazer um trabalho árduo para a cúria, servindo as obrigações domesticas da casa paroquial. Além disso, a sua família cai na pobreza por causa das inundações e não podem apoiar financeiramente a formação de Van. Em seguida, atribui toda a responsabilidade da criança ao Abade, que começa a escravizar o menino. Aos 12 anos, tendo recebido o seu certificado de ensino primário. Van forje da cara paroquial. Ele vaga durante algum tempo, no medo de ser descoberto, é quando busca encontrar sua família. Sua mãe o levou de volta para a casa onde estava sendo maltratado. Lá, ele entrou com os outros, e se uniram para formar uma espécie de liga da força para lutar contra a má conduta de alguns catequistas.

Os Dominicanos (1942 - 1943)
Em dezembro de 1941, Van descobre que ele é aceito pelo o seminário menor de Lan-Song, propriedade dos dominicanos. Poucos meses mais tarde, o seminário menor é fechado, porque foi bombardeado pelos japoneses. Van recebe a oportunidade de continuar seus estudos do pároco de Santa Teresa do Menino Jesus, da cidade de Quang-Uyên. Lá, ele lê o livro “a história de uma alma” (autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus), e em contato com Santa Teresa, escolhe chamar a santa com intimidade, e se elege ser espiritualmente irmã de Teresinha. Teresa começou a ter diálogos com Van. Ela o ensina o sentido da vida espiritual. Estes colóquios foram uma revelação para Van, que sempre teve seu desejo de santidade, mas acreditava que era preciso forças extraordinárias de que ele não era capaz. Mas Teresa o ensina o caminho da santidade pela simplicidade.
Teresa também o convida a rezar para o francês. Algum tempo depois, ele teve uma aparição de Santo Afonso Maria Liguori, fundador dos Redentoristas. Mas Van não sabia, no entanto, acredita-se que era Nossa Senhora das Dores que havia aparecido para ele. Em Junho de 1943, Van foi afastado da República Dominicana e voltou para a cura-Huu Bang,(onde era maltratado) e depois teve uma curta estadia na casa de sua família.

Na Congregação Redentorista (1944 - 1956)
Em Junho de 1944, Van foi admitido em Convento dos Redentoristas de Hanói. Ingressou em 16 de julho, mas mandaram retornar imediatamente, devido à sua pequena estatura física, pensaram que ele tinha apenas 12 anos (ele tinha 16 anos!). 3 meses mais tarde, ele foi aceito na comunidade, e entrou em 17 de Outubro. Aceito na congregação recebe o nome de Marcel. É então que acontecem os seus diálogos com Jesus. A pedido de seus superiores, Van escrever uma história da sua infância e o relato das conversas que tinha com Jesus, Maria e Teresa. Em julho de 1954, após os acordos General, o Vietnam foi dividido em dois. Marcel Van está no Sul, pediu para voltar para o Norte, agora um país comunista. Ele foi detido em 7 de Maio de 1955, julgado e condenado a 15 anos de trabalho árduo. Ele morreu de exaustão e de doença, em 10 de Julho de 1959, como tinha escrito para o seu supervisor, em Dezembro de 1949:
"Quem pode saber o poder do amor? Quem pode conhecer uma doçura...? um dia saberei quando eu morrer vou morrer, mas consumido por amor. " Beatificação O processo de beatificação de Marcel Van foi inaugurado em 26 de Março de 1997, na Diocese de Belley-Ars. O cardeal Francis Xavier Nguyen Van Thuân foi o primeiro postulador. Dom Olivier de Roulhac, monge-sacerdote na Abadia Beneditina de Saint-Wandrille é o Vice-Postulador da causa. A atuação da causa de beatificação de Marcel Van é da associação "Les Amis de Van"

BIBLIOGRÁFIAS
• Obras Completas, Autobiografia Volume 1, Saint-Paul/Les Amigos da Van, 2000 o Volume 2 Simpósios, Saint-Paul/Les Amigos da Van, 2001 o Volume 3 Jogos, St. Paul Editions Religieuses / Les Amis de Van, 2006
• Padre Antonio Boucher, Uma Breve História C.Ss.R Van, Saint-Paul/ Les Amis de Van, 2001
• Alain d'Orange, Van, irmão mais novo Vianney Van Oficial n. º 80, Missão teresiana, Junho de 2004
• Coletivo, Qual é o seu segredo pouco Van?, Saint-Paul/Les Amis de Van, 2000


http://fr.wikipedia.org/wiki/Marcel_Van

MARCEL VAN, irmão espirtual de Stª Teresinha


“Nada me pode retirar a arma do Amor… Decido ir, para que haja alguém que ame a Deus no meio dos comunistas… A minha morte tornar-se-á vida para muitos. A minha morte marcará o início da paz para o Vietname.”

Assim falava um jovem redentorista vietnamita, Joaquim Nguyen Tan Van (mais conhecido sob o nome religioso de Marcel Van). Ofereceu-se voluntário para Hanoi, capital do norte do país que ficara sob regime comunista, quando todos fugiam de lá.A sua família era profundamente cristã. Passou uma infância feliz. Data marcante foi a sua primeira comunhão:
“Num instante, tornei-me como uma pequena gota de água perdida no meio do oceano. Agora, só resta Jesus e eu; e eu apenas sou o pequeno nada de Jesus”. Nessa altura, somente com 6 anos, nasce-lhe um desejo: “Queria tornar-me padre para anunciar a Boa Nova aos não crentes. Tomei a resolução de ser uma flor sem fruto a fim de espelhar perfume toda a minha vida."

Mas aos 7 anos, pela extrema pobreza da sua família, é levado para uma “Casa de Deus”, instituição criada no final do século XVIII pelas Missões Estrangeiras, para instruir os fiéis tendo como fim um possível futuro ingresso no seminário. Porém, o jovem Van, por ser novo e pobre, acaba por ser explorado pelos responsáveis e rapazes mais velhos. A sua fé profunda indispõe os outros. Chegam a abusar dele. Entristecido por esse ambiente deplorável, foge.Acaba vendido como escravo antes de fugir novamente. Passa pela terrível escola da humilhação e da mendicidade.

Nova vida No final de 1940, Van confessa-se. É-lhe dito:

“Se Deus te enviou a Cruz, é sinal que Ele te escolheu”. Na missa de Natal, experimenta uma alegria intensa: “Encontrei o tesouro mais precioso da minha vida… Porque razão os meus sofrimentos me parecem tão belos? (…) Já não tinha medo de sofrer. Deus confiava-me uma missão: a de mudar o sofrimento em felicidade…”

Em 1942 entra no seminário. É nessa altura que fará a descoberta que muda a sua vida. Encontra e lê “História de uma alma” de Stª Teresa do Menino Jesus. Tem 14 anos.

“Compreendi que Deus é Amor e que o Amor vive de todas as formas de Amor. Posso, pois, santificar-me através das pequenas acções… um sorriso, uma palavra ou um olhar desde que tudo seja feito por Amor. Que felicidade! Já não receio tornar-me santo. Encontrei, por fim, o meu caminho de santidade”.

É uma união extraordinária que passa a viver com a jovem santa carmelita de quem recebe a graça de ouvir a sua voz e que o trata por “irmãozinho”. Confia-lhe o segredo da sua experiência:

“Não temas jamais a Deus… Ele só sabe amar…”

Van não será padre, mas tornou-se religioso redentorista. Rebenta, entretanto, a guerra entre o Vietname e a França desembocando na divisão do país. É nessa ocasião que Marcel Van opta por ser testemunha de Jesus desafiando o poder comunista do norte. Consequentemente, é preso em 1955.Com apenas 27 anos, começa a sua agonia.Por não renegar a sua fé é acusado de propaganda reaccionária, sentenciado a 15 anos num campo de reeducação. Mas nem assim vacila:

“Sou vítima do Amor e o Amor é toda a minha felicidade”. Entre as centenas de detidos ele é a luz e o reconforto de todos: “É bem necessário que me dê aos outros… Deus fez-me saber que cumpro a sua vontade”.

Porque não apresenta evolução na sua “reeducação” as medidas endurecem-se contra ele. É mantido isolado, acorrentado, não tem direito a visitas nem correio. Morre esgotado a 10 de Julho de 1959. Tem 31 anos. A sua causa de beatificação já foi introduzida como confessor da fé.


Texto publicado por Secretariado Diocesano de Pastoral Vocacional da Diocese da Guarda

Marcel Van


Joaquim Nguyen Tan Van (conhecido sob o nome religioso de Marcel Van) foi uma jovem vietnamita (1928 - 1959). Sua causa de beatificação está em curso. Ele foi um frade religioso Redentorista. Teve uma infância pobre e penosa. Sofreu toda a tortura da guerra, apesar de uma vida sofria era um jovem alegre e cheio de fé. Durante sua vida teve colóquio espiritual com a Santa Teresa do Menino Jesus, com Jesus e com a Virgem Maria. Ele era um apóstolo do amor, como se classificava. Encarcerado e depois de muita tortura morreu mártire no Campo de Concentração Yen-Binh. Sua vida é um belo convite para o seguimento de Jesus nos caminhos da humildade. A perseverança de Marcel Van e a entrega de sua vida por amor a missão, são alguns motivos para elevá-lo aos altares da Igreja, afim de que sua vida seja ainda mais conhecia e inspire outros jovens a serem autênticos cristãos na alegria de amar a Deus nos serviço aos irmãos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009